Segunda-feira, 15 de Outubro de 2007

O primeiro passo à descoberta.

Hoje fomos dar uma volta. Pusemos de parte os planos, a papelada, a teoria, e lançámo-nos ao desconhecido. Pois é, fomos visitar a estufa sobre a qual ninguém sabe nada.

Não foi tão difícil de encontrar como esperávamos: depressa demos com aquela imensidão de verde, trancada de todos os seus quatro por uma fina rede, verde, rota, que não lhe garantia qualquer protecção. Pois é. Afinal a estufa não precisa de um "empurrão" para recomeçar o seu desenvolvimento... precisa de TUDO. Basicamente, só não precisa de plantas selvagens e comuns, que disso não falta lá.

Bem, vamos por partes, não queremos queimar etapas. Entrámos, timidamente, na estufa. Abismados pela cor, pelo cheiro, pelo estado quase natural da estufa, ficamos estupefactos. Isso não demorou muito, pois imediatamente encontramos um sujeito com uma t-shirt amarela, tratando de um dos vários caminhos cavados na terra, rodeado de pequenas rochas humedecidas, cheios de água turva e parada. Só depois de estarmos la dentro pedimos autorização para entrar. Tal senhor, extremamente amável, demonstrou logo boa vontade em deixar-nos entrar e, inclusive deu-nos algumas informações.

Pois bem, parece que a estufa não anda para a frente por falta de apoios:
- não têm água (por favor.. aquilo é uma estufa!)
- só tem dois trabalhadores, e são voluntários (um donativo à sociedade de louvar)
- não têm plantas interessantes, raras, bonitas; a maior parte do que ali está, é de origem perfeitamente comum, sendo possível encontrar esses espécimenes em qualquer lugar (e, pelo que consta, a Câmara Municipal de Sintra tem viveiros próprios. Aqui está um bonito exemplo de colaboração entre entidades do estado...).

Fora estes problemas mais básicos, temos outros, também bastante estranhos, inseridos no contexto:

- não têm sistemas de rega (mesmo que tivessem água, as plantas teriam que ser regadas manualmente)
- não têm terra nem vasos (ok, também não lhes dão plantas, mas, se dessem, não tinham terra nem vasos onde as plantar)
- segundo o senhor que nos deu todas estas instruções, também precisavam de menos claridade na estufa: era necessário um revestimento duas vezes mais denso, de forma a evitar a passagem de tanta luz.



Mas nem tudo são defeitos. O espaço é maravilhoso. Tudo bem, está com um ar degradado e abandonado, mas é lindo. Só à primeira impressão, somos invadidos por uma sensação de paz, alegria, pureza.. é fantástico. Sem grandes passeios, deparámo-nos logo com pequenos riachos, grandes árvores, com belas e altas folhagens, rodeadas de pequenos arbustos ou fetos, rasteiros, que ocupam grande parte do chão. Minusculos insectos sobrevoam-nos, outros, rodopiando loucamente à volta de algo entre as folhas, não dão sequer pela nossa presença, enquanto que pequenos peixes, uns de cores vivas, outros de cores escuras, quase invisíveis, se afastam de nós à medida que avançamos pelos belos caminhos, já sem gravilha. Quando alcançámos o extremo oposto ao qual entrámos, deparámo-nos com aquilo que nos foi apresentado como "O Castelo": uma pequena estrutura em pedra, que formava uma semi-esfera, qual entrada para um iglo.

É um mundo a explorar. Precisamos de mais trabalho, mas o espaço tem potencial! Precisamos de patrocinadores, ajuda monetária, material, moral... qualquer coisa serve, neste momento.

Um grande bem haja ao senhor António Catarino, que nos forneceu todas estas informações e a todos os que leram isto, e até a uma próxima!
sinto-me: Cheio de ideias !
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publicado por Tiago Silva às 19:08

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De Inês Daniela a 15 de Outubro de 2007 às 22:45
Realmente é lamentável a falta de condições dessa estufa!

Já sei qual é, só que nunca me tinh apercebido que era uma estufa!


Francamente... Q país!


Boa sorte =)

bjs***
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